O estande da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) na 41ª Expointer foi palco na última segunda-feira (27) para a terceira reunião da Federação Braford do Mercosul em 2018. Composto pelo Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, além de dois convidados ouvintes da Colômbia e o Equador, o grupo tratou de temas já pré-estabelecidos.
Conforme Aldo Tavares, presidente do Conselho Deliberativo Técnico, presente na reunião junto do presidente Luciano Dornelles, e dos diretores de Marketing e Administrativo, Celina Maciel e Eduardo Soares, a primeira pauta do dia versou sobre a unificação do sistema de registro genealógico da raça nos quatro países do bloco. Na sequência foi a vez de abordar os pedigrees, principalmente as gerações controladas do Braford.
Por último, mas não menos importante, a proposta apresentada pela Argentina envolvendo a criação de um bloco de vendas de carne a nível internacional com um selo de Carne Braford do Mercosul. O Brasil foi designado a coordenar a parte de marketing desta federação, além de estar servindo de benchmarking no programa de carne.
“Trata-se de um tema muito empolgante e delicado pois envolve quesitos sanitários e produtivos, mas eu vejo com muito otimismo, pois pela primeira vez estamos nos unindo para mostrar um produto em bloco, com quantidade e qualidade para mercados emergentes, como a Ásia. E chegar neste mercado com qualidade, marmoreio, suculência com aqueles produtos que já estão aprovados dentro dos nichos de mercado brasileiro tem outro peso”.
Programa Carne Pampa
Na oportunidade, a gerente do Programa Carne Pampa, Fabiana Freitas, apresentou a dinâmica do projeto. “Eles ficaram impressionados com o requinte do programa, particularmente sobre os detalhes de remuneração do produtor, pois nenhum deles têm um programa destes”.
Há, segundo Tavares, uma carne padronizada decorrente da genética encontrada no país deles, com extensão menores e climas mais homogêneos. O Brasil, por outro lado, tem esta dimensão continental e este nicho de qualidade que já estamos expandindo para outros mercados. “Nossa ideia agora é transferir esta expertise para além das nossas fronteiras e pegar essa qualidade dos três e fazer um bloco para fora do Brasil”.
A ABHB tem muitos motivos para comemorar. É a primeira Associação de raça a fazer um programa de carne de qualidade. Estamos completando duas décadas em 2018, concretizando um longo período de trabalho e de melhoramento genético com foco na melhoria da carne. “Verdade é que a carne hoje tem um valor agregado para o Frigorífico, além disso existe remuneração direta para o produtor e carne de qualidade para o consumidor”, destacou Tavares.
Por Tatiana Feldens, reg. Prof. 13.654
Ascom ABHB