E vem de Bagé (RS), cidade sede da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), o touro Braford campeão do mundo em 2018. Punto Final, da Cabanha Santa Helena, dos sócios e criadores Vórgia e Pedro Obino, recebeu ontem (9) à noite a honraria, durante o 7º Congresso Mundial Braford, realizado no Texas, nos Estados Unidos.
O exemplar havia sido eleito pelo inspetor técnico Luiz Rafael Lagreca o Grande Campeão da Expointer de 2017, e, recentemente, conquistou, também, o Sul-Americano. Os dois títulos não só credenciaram como deram passagem para o animal disputar o prêmio conferido pela United Braford Breeder, entidade internacional que promove todos os anos uma competição para eleger o melhor touro de cada continente, para, em seguida, eleger o vencedor mundial.
“O animal é muito bom. Um touro universal que pode ser usado em qualquer tipo de vaca”, justificou Lagreca. “É carniceiro, de estatura mediana, pigmentado e oculado, com pelagem vermelha. Estou muito feliz com o título, todos estão de parabéns e devem estar orgulhosos de fazerem parte deste processo”, afirmou.
Punto Final, que aos 3 anos atingiu o peso de 1058 quilos, disputou a votação com um animal dos Estados Unidos e outro da Austrália. Eles foram julgados por meio de fotos e vídeos por um corpo técnico renomado, composto pelos especialistas Hector Bonomi (Uruguai), Rach Wheeler (Austrália), Franco Koch (África do Sul) e Jason Cleere (EUA).
O resultado não poderia ter sido melhor para a ABHB, comprovando mundialmente que o Braford brasileiro – produto de 50 anos de seleção – é diferenciado por sua composição com a raça Nelore, um zebuíno mais adaptado às regiões subequatorias e equatoriais onde se encontra metade do rebanho nacional.
“Não tem nem descrição, é o prêmio máximo que se pode alcançar na raça. A visibilidade como Cabanha é espetacular, ainda mais uma criação nova como a nossa”, destacou Pedro Obino, ao projetar na sequência o enorme impacto que irá causar para o Braford brasileiro. “Abre portas e espaço para a raça. Hoje comprovamos que é bom em qualquer lugar do mundo. Nós estamos sendo vistos como genética”. A Cabanha retornou da viagem comemorando outro feito: o interesse do segundo colocado na competição, dos Estados Unidos, em adquirir sêmen do reprodutor. “É um orgulho para a nossa raça poder dizer que temos um animal merecedor deste título”, sintetizou.
No Texas desde o último 1º de março, a comitiva da ABHB, composta pelo CEO Fernando Lopa, criadores Pedro Obino, da Cabanha Santa Helena, e Eduardo Eichenberg, da Estância Silêncio, que também preside a Conexão Delta G e é membro do Conselho Técnico da ABHB, e pelo veterinário Diego Kasali, acompanhou toda a programação do 7º Congresso Mundial da Raça e retorna ainda hoje para o Brasil.
Por Tatiana Feldens, reg. Prof. 13.654
Com informações do Portal DBO
Ascom ABHB